Vale o risco de usar um carro totalmente conectado à Internet?
Não é mais surpresa que carros autônomos são realidade e todo mundo já sabe disso. Grandes empresas automobilísticas estão apostando na onda, como a BMW, Ford e a Tesla (e até a Apple). A tendência e a missão deste novo curso da capacidade virtual de lidar com as pessoas é oferecer o máximo conforto e segurança. Mas esses pontos são valem para o automóvel que possui uma rede própria de internet, oferecido pela própria empresa ou com uma empresa de telefonia.
Esses carros podem nos oferecer inúmeros serviços que já encontramos no nosso smartphone e computador, tais como:
- Aplicativos de mapas com serviço de transito em tempo real, localização de algum hotel ou restaurante ou até mesmo a previsão do tempo. Há também a possibilidade do sistema conduzir uma mecânica melhor ao carro, podendo economizar combustível no tanque;
- A possibilidade de compartilhar a rede de internet do carro para seus passageiros, já que o seu carro na prática será um enorme roteador sem fio;
- Assim como um sistema simples de GPS, será possível ver as estatísticas do carro, como velocidade e Km percorrido;
- Carros conectados à internet também nos trazem agilidade e facilidade na hora de cuidar da mecânica do carro, afinal, o sistema do carro pode coletar dados e enviar direto para a autorizada na hora da revisão ou através do seu cartão de crédito, pagar as cancelas de shoppings e pedágios;
- Um ponto muito conhecido por quem está por dentro do assunto, é questão da direção virtual, ou seja, com ajuda e câmeras e sensores o automóvel poderá dirigir sem ajuda humana;
- Outro ponto forte é a questão de acidentes. Como dito acima, o carro fará um diagnóstico do sistema que irá para uma ‘caixa preta’ e em caso de colisões ou acidentes, todo o movimento do carro estará coletado nesta caixa;
Mas nem tudo são flores. Para conseguir que tudo ocorra bem, a infraestrutura para este tipo de serviço terá de ser das melhores, uma vez que o sistema depende da conexão com a internet. E com a movimentação desses dados, a rede tende a ficar congestionada tanto para carros autônomos como para a rede que atende os telefones móveis.
Esta rede radiofônica ficará congestionada devido à dependência de velocidade para atender os recursos de navegação e segurança do automóvel. Esta interligação de rede está devido a infraestrutura que não está pronta para oferecer bandas de internet para diferentes tipos de conexões. Confuso? Deixamos isso mais simples: Um carro, preso no trânsito tende a buscar uma rota alternativa (nota: serão muitos carros que farão isso) e abordo do veículo, pelo retrovisor, você vê um ônibus cheio de passageiros conectados ao Facebook, Twitter, Instagram e no YouTube. Obviamente a rede ficará lenta e fica congestionada, o que causará uma frustação para ambos os consumidores.
Chegamos ao ponto que trata o titulo da matéria e iremos ser o mais simples possível: Você está lá, com seu carrinho todo conectado à internet. Ouvindo sua música pelo YouTube quando de repente o freio não responde e você perde a conexão com a internet e com o carro. Você pensa como isso é possível, sendo que seu veículo estava operando normal e dentro da área de cobertura. Bom, explicamos agora: Com todo seu carro conectado à internet, você se torna vulnerável a ataque hacker, como acontece nos computadores domésticos e comerciais.
Este erro ocorre quando um ataque é gerado à rede da operadora de internet. Com o ataque bem sucedido, o hacker consegue o ID de todos os carros que estão conectados a linha e permite acesso a funções diretas do veículo. E não apenas podem cortar os freios do caro, mas como direcionar o veículo para outra direção, ligar/desligar o rádio entre outros recursos. Porém, finalmente um ponto positivo, nem todas as linhas possibilitam a conexão sem fio, ou seja, existem serviços que só podem ser conectados quando um computador está ligado diretamente ao carro.
Mesmo que você tome cuidado, sua concessionária ‘atualize a segurança’ do seu carro regularmente, isso não significa que você estará protegido 24 horas por dia. Será que vale o risco?
