Racismo virtual, as consequências são reais

10:09:00 Marcos


O Brasil vem sendo destaque em manchetes internacionais por vários motivos, sejam políticos, econômicos ou sociais. Mas um recente chamou nossa atenção, citados em alguns websites como BBCMashable, a ONG Criola vem mostrando a população as ramificações de insultos on-line.

O grupo coloca outdoors com as mensagens ofensivas próximo das casas dos autores, sem serem identificados (os rostos e nomes são omitidos dos cartazes), os outdoors tem o objetivo maior de conscientizar a todos de que tais abusos tem consequências sérias e graves e que os autores não ficaram impunes.

"Essas pessoas (que postam abuso on-line) pensam que podem se sentar no conforto de suas casas e fazer o que quiserem na internet. Nós não vamos deixar isso acontecer. Eles não podem se esconder de nós, vamos encontrá-los" disse o fundador da Criola, Jurema Werneck à BBC Trending.

A campanha "Racismo virtual, consequências reais" nasceu depois do ocorrido com a jornalista Maria Júlia Coutinho, a qual foi alvo de insultos on-line e chamou a atenção do país em julho desse ano. Enquanto dezenas de usuários do Facebook se manifestaram em defesa da jornalista, o grupo Criola resolveu agir de uma forma inusitada. Usando geo tags que acompanham as postagens, eles identificam o bairro em que os autores vivem, em seguida, eles postam versões em tamanho "gigante" próximo às casas dos racistas.


"Nós omitimos os nomes e rostos dos autores, porque não temos a intenção de expor ninguém. Nós apenas queremos educar as pessoas para que no futuro elas pensem sobre as consequências antes de postar comentários racistas", diz a descrição da campanha no site racismovirtual.

"A ação tem como objetivo mostrar que a web não é um território livre para a exibição de mensagens de ódio, racismo e preconceito e que as ações terão consequências para os seus autores."



Ficamos triste em saber que em pleno século XXI em um mundo globalizado isso ainda aconteça, ainda mais em um país caracterizado pela diversidade. Esse foi apenas um caso recente, infelizmente acontece muitos, com várias pessoas que não são tão divulgados por acontecer com pessoas não tão famosas.


Esperamos que a campanha tenha efeito e que as pessoas aprendam que não é a cor da pele, raça, opção sexual, etnia, origem ou religião que definem uma pessoa e sim o coração de cada um de nós.

#MaisAmorPorFavor #Respeito

Autor: Marcos Coelho.


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